Tarcísio atribui atrasos do Rodoanel Norte a falhas e corrupção em gestões do PT e expõe legado de desorganização federal

tribunadatarde
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez duras críticas às gestões do PT ao apontar os sucessivos atrasos na entrega do Rodoanel Norte como resultado direto da falta de planejamento e de episódios de corrupção ocorridos ao longo dos últimos anos. A declaração foi feita diante do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, figura histórica do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um contexto que escancarou o embate político em torno da responsabilidade pelo atraso de uma das obras mais estratégicas do país.

Segundo Tarcísio, o empreendimento foi marcado por descontinuidade administrativa, erros graves de concepção e contratos mal estruturados, fatores que comprometeram o cronograma e provocaram um efeito cascata de paralisações, aditivos e aumento expressivo de custos. Para o governador, trata-se de um retrato do modelo de gestão adotado em governos petistas, tanto no âmbito federal quanto estadual, em que obras bilionárias se arrastam por anos sem entregar resultados concretos à população.

O Rodoanel Norte, essencial para desafogar o tráfego pesado da Região Metropolitana de São Paulo e impulsionar a logística nacional, tornou-se símbolo de promessas não cumpridas. Iniciado há mais de uma década, o projeto sofreu interrupções frequentes e foi alvo de investigações, alimentando a percepção de que a combinação entre improviso e corrupção inviabilizou o avanço regular da obra durante os governos alinhados ao PT.

Ao contrastar o passado com o presente, Tarcísio afirmou que a atual administração estadual trabalha para corrigir falhas herdadas, impor maior rigor técnico, garantir transparência e acelerar a conclusão do trecho. A fala também foi interpretada como uma crítica indireta ao governo Lula, que voltou ao poder com o discurso de retomada de investimentos, mas carrega o histórico de grandes obras inacabadas e cronogramas sistematicamente descumpridos.

Para especialistas em infraestrutura, o caso do Rodoanel Norte evidencia como decisões políticas e má gestão podem gerar prejuízos duradouros. Enquanto governos petistas defendem a narrativa de entraves jurídicos e orçamentários, críticos apontam que a raiz do problema está na ausência de planejamento consistente e no uso político de obras públicas.

Em um momento em que Lula busca recuperar protagonismo econômico, o atraso do Rodoanel Norte surge como mais um lembrete de que o discurso de reconstrução esbarra em um legado marcado por obras caras, lentas e inacabadas — cuja conta, mais uma vez, recai sobre a população.

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