Fintech serviu de base operacional para quadrilha desviar milhões via Pix e cripto

tribunadatarde
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A fintech Soffy Soluções de Pagamento teve participação considerada essencial na operação que resultou no maior roubo ao sistema financeiro já registrado no Brasil. Após três meses de investigação, a Polícia Federal concluiu que a empresa foi decisiva para dispersar parte dos R$ 813 milhões desviados, permitindo que as transferências ilegais escapassem dos mecanismos de proteção do Banco Central.

Dispersão de recursos e contas-bolsão

De acordo com o inquérito, a Soffy movimentou cerca de R$ 362 milhões em contas abertas e controladas pela própria quadrilha. O dinheiro foi inicialmente direcionado para contas-bolsão — mantidas em grandes bancos e usadas para misturar recursos de múltiplos clientes, dificultando rastreamento.

O relatório da PF não cita os nomes das instituições bancárias envolvidas nessa etapa. Depois do ingresso nas contas-bolsão, os valores foram pulverizados para instituições de pagamento menores, até serem finalmente convertidos em criptomoedas.

Conversão em criptoativos sem controle regulatório

Documentos obtidos pelo Bastidor mostram que a Soffy exercia diversas funções dentro do esquema criminoso. A fintech não apenas recebia transferências via Pix do montante desviado, mas também operava a conversão dos valores em criptoativos por meio de mesas de OTC — operadores que negociam criptomoedas fora das corretoras e sem supervisão regulatória.

Essa etapa foi considerada crucial pela PF para “lavar” o dinheiro, tornando-o praticamente impossível de rastrear.

Acesso ao sistema interno e criação de contas falsas

Um dos achados mais graves da investigação é que os integrantes da quadrilha tinham acesso direto ao painel administrativo interno da Soffy, o que lhes permitia manipular o sistema da empresa como se fossem administradores legítimos.

Com esse acesso privilegiado, os criminosos:

  • criavam e excluíam contas livremente;

  • geravam chaves Pix em nome de laranjas;

  • movimentavam valores “sem limites” dentro da plataforma;

  • apagavam rastros de operações consideradas suspeitas.

Segundo a PF, esse nível de controle interno permitiu que a organização criminosa operasse sem barreiras, dando aparência legítima a movimentações milionárias que, em circunstâncias normais, seriam automaticamente bloqueadas pelo Banco Central.

Maior caso de fraude digital já registrado

A participação da Soffy, de acordo com o inquérito, foi determinante para que o esquema atingisse dimensão inédita no país. A polícia ainda apura se funcionários, ex-funcionários ou parceiros comerciais da fintech colaboraram conscientemente com a quadrilha ou se o acesso foi obtido por meio de invasões externas.

A PF deve apresentar nas próximas semanas novas etapas da investigação, que segue sob sigilo.

Uma investigação independente veio à tona com revelações explosivas: uma rede de fundações filantrópicas conectadas à família Soros teria desviado cerca de US$ 40 milhões em doações destinadas a fins “cívicos” para financiar, de forma dissimulada, a campanha política do candidato Zohran Mamdani para prefeito de Nova York.

O escândalo exposto

De acordo com o relatório do contabilista forense Sam Antar, obtido pelo site White Collar Fraud, fundos originalmente destinados a entidades 501(c)(3) — organizações de caridade que não podem legalmente apoiar campanhas eleitorais — teriam sido redistribuídos para entidades 501(c)(4) (como grupos de bem-estar social), que por sua vez apoiaram explicitamente a candidatura de Mamdani. Sott.net+2Headline USA+2

Segundo a investigação, essa estrutura incluiu apoio operacional massivo: voluntariado porta a porta, mobilização de eleitores e um esforço de base que, externamente, parecia um movimento genuinamente “grassroots”, mas que, internamente, teria sido orquestrado para beneficiar um candidato específico. CF.ORG

Antar apresentou 11 denúncias formais ao Internal Revenue Service (IRS) dos EUA, afirmando que o esquema pode constituir violação de leis tributárias federais. Sott.net

Como funcionava o esquema

  • Fundações ligadas a Soros — entre elas a Open Society Foundations — teriam repassado recursos para grandes ONGs filantrópicas (501c3). Headline USA

  • Essas ONGs, então, direcionaram parte desse dinheiro para entidades 501(c)(4), habilitadas para atuar politicamente. CF.ORG+1

  • As entidades políticas usaram os recursos para organizar campanhas de base, mencionar a candidatura de Mamdani e realizar operações eleitorais coordenadas. Sott.net

  • De acordo com o relatório, há indícios de que as entidades envolvidas “negam coordenação” em documentos oficiais, constituindo “fraude sistemática”. Sott.net

Acusações legais

  • Antar afirma que esse modelo equivaleria a uma “lavagem de dinheiro filantrópico”: doações dedutíveis de imposto (feito a entidades 501(c)(3)) sendo usadas para financiar politicamente um candidato. Sott.net

  • Ele sugere que as 501(c)(4) envolvidas teriam extrapolado o que o código fiscal americano permite para esse tipo de entidade. CF.ORG

  • Se comprovado, o esquema pode representar uma violação grave das regras do IRS sobre o uso de fundos isentos de imposto. Headline USA

Reação das partes envolvidas

  • A Open Society Foundations, atualmente dirigida por Alex Soros, negou categoricamente as acusações. Argumentaram que muitas das concessões citadas no relatório foram destinadas a projetos anteriores à campanha eleitoral de Mamdani, em outras partes do país. CF.ORG+1

  • Em nota, a fundação afirmou que o relatório continha “inexatidões, suposições falsas e desinformação”. Sott.net

  • Já o investigados Sam Antar diz que não pretende impedir a eleição de Mamdani, mas denunciar a estrutura por trás de seu crescimento político: “meu objetivo é expor a máquina que produz candidatos como ele.” Sott.net

Implicações mais amplas

  • A investigação aponta que o caso Mamdani pode não ser isolado. Segundo Antar, centenas de campanhas progressistas em todo o país poderiam estar utilizando um esquema similar. Sott.net

  • Caso as denúncias sejam confirmadas, isso poderia desencadear investigações mais amplas sobre como grandes fundações filantrópicas participam de estratégias eleitorais nos EUA — transformando recursos “cívicos” em poder político partidário.

Contexto político

Zohran Mamdani, de 34 anos, é legislador estadual e se apresenta como socialista democrático. Ele tem ganhado destaque nas pesquisas como favorito para a eleição de prefeito de Nova York. Headline USA
Apesar de sua retórica anti-bilionários, seu movimento político surge sob prováveis influências financeiras justamente de grandes doadores privados – segundo os denunciantes.

Conclusão

Se as acusações se confirmarem, o escândalo pode representar um dos mais sofisticados casos de “porta dos fundos” entre filantropia e política nos Estados Unidos. A investigação sugere que a rede Soros não apenas financiou causas sociais, mas utilizou suas fundações para moldar a arena política de Nova York, potencialmente violando leis fiscais.

         
 
 
 
 
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