PACIENTE ONCOLÓGICA ESPERA POR EXAME E ENCONTRA UNIDADE SEM MÉDICA NEM RESPONSÁVEL
O caso da paciente oncológica Maria José Fernandes Dantas, de 73 anos, escancara a desorganização, a falta de comunicação e o abandono enfrentado diariamente por usuários do SUS no município.
Após quase 1 ano aguardando para conseguir realizar uma ultrassonografia, exame essencial para acompanhamento do tratamento contra o câncer, Maria José foi surpreendida ao chegar à Unidade de Saúde Dona Alba, no dia em que finalmente estava agendada. Ao buscar atendimento, recebeu a informação de que a médica responsável não atua mais na unidade há cerca de três meses.
Diante da situação, a paciente tentou falar com o responsável pela unidade para obter esclarecimentos ou uma solução imediata. No entanto, foi informada de que não havia nenhum responsável disponível para atendê-la.
Casos como o de Maria José não são isolados. A falta de comunicação entre a gestão da saúde e os pacientes, somada à desorganização interna das unidades, tem se tornado um martírio para quem depende exclusivamente da rede pública em Macaé. Consultas são marcadas sem garantia de profissionais, exames são adiados indefinidamente e informações básicas simplesmente não chegam a quem espera.
A situação é ainda mais grave para a população idosa. A cada dia, a saúde municipal oferece menos qualidade, menos estrutura e menos humanidade no atendimento. Longas filas, ausência de médicos, escassez de medicamentos e respostas evasivas se tornaram parte da rotina de quem busca socorro no sistema público.
Diante das reclamações, a Secretaria Municipal de Saúde frequentemente atribui os problemas à falta de repasses do SUS ou ao fato de Macaé atender pacientes de cidades vizinhas. No entanto, enquanto o jogo de empurra continua, a população sofre — especialmente pacientes oncológicos, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade, que não podem esperar.
Quantos outros pacientes precisarão ter seus tratamentos atrasados, sua dignidade ferida e sua saúde colocada em risco para que providências concretas sejam tomadas?
O caso de Maria José não pode ser tratado como apenas mais um. Ele é um alerta grave, um retrato do colapso da saúde pública municipal e um chamado urgente por responsabilidade, gestão eficiente e atendimento verdadeiramente humanizado.
A produção do Fala Geral entrou em contato com a equipe do secretário de saúde, que se prontificou a resolver o caso da Sra. MARIA JOSÉ.
O Fala Geral vai acompanhar.









