Governo do RJ apresenta ao STF plano para retomada de áreas dominadas pelo crime organizado

tribunadatarde
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O Governo do Estado do Rio de Janeiro encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (22), o plano de reocupação de territórios atualmente sob controle de facções criminosas. A iniciativa atende às determinações da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, que impõe diretrizes para a atuação das forças de segurança no estado.

Conforme divulgado pelo telejornal RJ1, a estratégia prevê que as primeiras ações sejam concentradas na Zona Sudoeste da capital fluminense, com foco nas comunidades de Rio das Pedras, Muzema e Gardênia Azul, localizadas na região da Grande Jacarepaguá.

O plano integra o conjunto de respostas apresentadas pelo governo fluminense às exigências do STF, que incluem a redução da letalidade policial, o aumento da transparência nas operações e a implementação de um modelo de ocupação contínua do poder público em áreas historicamente dominadas pelo crime organizado.

Zona Sudoeste é definida como ponto de partida

Com mais de 1,2 milhão de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Grande Jacarepaguá foi classificada pelas forças de segurança como uma região de baixa complexidade operacional. O levantamento estadual estabelece três níveis de risco para os territórios sob influência criminosa: alto, médio e baixo.

As comunidades da Zona Sudoeste estão inseridas na categoria de menor complexidade, apesar da presença de disputas entre milícias e facções do tráfico de drogas. De acordo com o relatório enviado ao STF, a ocupação permanente deve ter início em Rio das Pedras, área dominada por grupos milicianos aliados ao Terceiro Comando Puro, além da Muzema e da Gardênia Azul, que estão sob controle do Comando Vermelho.

A proposta ainda será analisada pelo Supremo, que acompanha de perto as medidas adotadas pelo estado para reformular a política de segurança pública nas áreas mais vulneráveis do Rio de Janeiro.

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